Composto de 3 pinturas, sendo duas telas 130x90cm e uma 210x120cm, presas nas madeiras do teto, colocadas ao fundo do espaço expositivo, estando a tela maior mais ou fundo e entre as menores. Presas ao teto estão também tiras de papel arroz recortado e cascas de sementes, presas umas às outras formando um cipó. Estas tiras estão presas nos espaços entre as telas. À frente das telas, enroscados em dois pilares de ferro, estão galhos secos, encontrados na Fazenda. Do lado esquerdo, colocado no chão à frente dos galhos há uma metade de tronco. Do lado direto à frente dos galhos, há um objeto criado com tronco e galhos secos. Um pouco à esquerda da tela maior, desce do teto uma tira de borracha negra até o chão. Dela sai um fragmento de carta escrito com fusain. O fragmento é do livro Carta a um jovem artista de Rainer Maria Rilke. (“…Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, essa esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela…..sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre lusco e fusco diante da qual o ruído dos outros passa longe….”)
Montagem
